sábado, 11 de julho de 2009

Verônica vive um dos principais dilemas da mulher contemporânea: ser mãe, professora, estilista, esposa, amiga e membro da Liga tudo-ao-mesmo-tempo-agora. Apesar da correria, é tranquila e não perde o bom humor.
Ela cresceu no subúrbio do Rio de Janeiro. A infância passou em Cavalcante e, aos 11 anos, mudou-se com a família para o bairro de Campo Grande. O pai era metalúrgico, a mãe merendeira. Ela foi criada com três irmãos e um primo, e conta que sua família se virava como podia, sempre apertada financeiramente.
A estilista da Liga começou a trabalhar aos 15 anos, numa loja de tecidos. Ela fazia croquis de roupas, já dando os primeiros passos da sua carreira. Escolheu a faculdade de artes plásticas e fez o curso de moda no Senai, logo que se formou. Ela ganhou sua primeira viagem ao exterior por ser a aluna mais aplicada do Senai. Aos 26 anos, embarcava para Nova York e lembra o comentário orgulhoso do pai: “Quem diria levar minha filha ao aeroporto!”.
Enquanto estudava, foi chamada a dar aula de arte numa escola da cidade de Angra dos Reis. Assim, durante dois anos, passou a semana percorrendo grandes distâncias entre Campo Grande e Angra.
O marido Guilherme, também estilista, conheceu no curso de moda. Ele estava empregado numa loja e a chamou para trabalhar lá também. Não demorou muito para começar o namoro. Logo, Verônica foi convidada a dar aulas de arte em escolas públicas do município do Rio, atividade que exerce até hoje.
Quando engravidou, aos 30 anos, quis diminuir o ritmo e resolveu sair da loja para se dedicar exclusivamente às aulas. E, depois que Vitor nasceu, ficou um ano sem trabalhar.
“Sou calma, não tenho necessidade de fazer tudo, ser a melhor. O importante é fazer direito. Sou muito empenhada”, conta.
Voltou a trabalhar aos poucos, fazendo uns “freelas” e dando aula no Senai. Fez muitas consultorias como estilista e teve a oportunidade de fazer viagens de pesquisa de moda para lugares como Paris, Amsterdã, Barcelona, Lisboa e Dinamarca. “É uma experiência que abre a cabeça”, afirma.
Hoje, aos 38 anos, Verônica se dedica às seis turmas de adolescentes a quem ensina e trabalha numa empresa especializada em jeans e sarja. Ela conta que se surpreendeu com a experiência na Liga das Mulheres:
“Acredito que ajuda mesmo. Não sabia que a história ia ser tão profunda. Estamos tendo muito cuidado e poder ajudar me deu força. Vejo como uma chance de eu aprender também. E dar o exemplo, o que é uma grande responsabilidade. Muito legal!”.
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